JEAN-PAUL MESTAS
( França )
Poeta, ensaísta, crítico e antropólogo francês.
Nasceu em Paris, em 15 de Novembro de 1925.
TEXT EN FRANÇAIS - TEXTO EM PORTUGUÊS
Lisboa
Julgavas não voltar mais...
Um meio-século enreda-se
nas palhetas do Tejo
e a revessa do tempo
não moveu as estátuas.
E também tu
em pouco és diferente. A vida
reconhece-te na marca do teu rosto.
Lisboa encosta-se ao teu ombro.
Jean-Paul Mestas
Tradução de António Salvado
Do livro: Dizer e Simplesmente, Ulmeiro, 1996, Lisboa
Poema enviado por ALICE SPINDOLA, em maio de 2023
PRISMA – A revista de literatura n. 001 abril 2014. Porto Velho, Rondônia: Editora Costelas Felinas, 2015. Organização: Selmo Vasconcellos. 24 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
Cadastre Imaginaire
Ici resteront les murmures
avec un peu de terre
empruntée aux vieux temps;
à côté seront les silences
entourés de souffles discrets
comme celui des femmes
aux avant-postes de l´amour;
aileur, beaucoup plus loin,
revivront les statues
que dormaient dans notre mémoire.
TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução: NEUSA ZANIRATO (SP)
Cadastro Imaginário
Aqui ficarão os murmúrios
com um pouco de terra
emprestada dos velhos tempos;
ao lado estarão os silêncios
cercados de sopros discretos
como aqueles das mulheres
nos postos avançados do amor;
longe, bem mais distante
renascerão as estátuas
que dormiam em sua memória.
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Página publicada em abril de 2023
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